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Encontro Camiliano em Tianguá promove reflexão sobre o Laudato Si

  • 25 Mar 2024
Encontro Camiliano em Tianguá promove reflexão sobre o Laudato Si

Religiosos, diretores hospitalares e coordenadores da Pastoral da
Saúde refletiram sobre o “cuidado da casa comum”

Entre os dias 7 e 11 de março de 2024, um grupo com cerca de 35 Camilianos se reuniu no Sítio do Bosco Park, na Serra de Ibiapaba, em Tianguá (CE), para momentos de reflexão sobre a encíclica do Papa Francisco, Laudato Si. O evento foi organizado pela Regional Norte Nordeste, da Sociedade Beneficente São Camilo, que conta com 13 Hospitais e duas Unidades de Pronto Atendimento distribuídos em seis Estados das duas regiões.

A missa de abertura foi presidida pelo bispo Dom Francisco Edimilson Neves Ferreira, da diocese de Tianguá. Além dele, também estiveram presentes o superior provincial da Província Camiliana Brasileira, Pe. Mateus Locatelli; o superintendente da Regional Norte Nordeste, Pe. Antonio Mendes Freitas; o gerente do Serviço Pastoral de Assistência
Religiosa-espiritual, Pe Gildésio Batista, os capelães Pe. Paulo Aniceto Rodrigues, Pe. Francisco Vademiro, Pe. Francisco Alves, Pe. Ivo e Pe. Flávio e o diretor da Regional, Ademir Vicente, além dos diretores administrativos das 15 unidades de Saúde, dos coordenadores do Serviço Pastoral de Assistência Religiosa-espiritual dessas unidades.

A encíclica Laudato si, do Papa Francisco, foi publicada em junho de 2015, na qual ele critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável e faz um apelo global para que seja combatida a degradação ambiental, com o objetivo de desacelerar as alterações climáticas. Ele acenou para a importância do cuidado com a “casa comum”, que é o p laneta Terra.

Embora já tenha quase 10 anos, o documento pontifício está mais atualizado do que nunca, mediante as consequências do avanço do aquecimento global que estão sendo sentidas em todo o mundo, com ondas de calor extremo, secas, fortes chuvas e outros eventos naturais provocados pela instabilidade climática.

Sintonizados com a mensagem do Papa Francisco, e cientes da missão Camiliana de cuidar das pessoas, um legado deixado por São Camilo de Lelis à Ordem dos Ministros dos Enfermos, os participantes puderam refletir durante os cinco dias sobre esse tema tão sensível e que certamente mobilizará - ainda mais - muitos setores da sociedade daqui para frente.

Particularmente, eles repensaram seus papéis como gestores na área da Saúde, durante palestras e rodas de conversas, relembrando o compromisso de todos os Camilianos do cuidado integral com a saúde. Na ocasião, o Pe. Antonio Mendes Freitas lembrou que “os hospitais e as unidade de pronto atendimento (UPAs) precisam priorizar a gestão
sustentável tanto do ponto de vista ecológico quanto do financeiro”.

O Pe. Mateus Locatelli sinalizou que “somos todos filhos de um convertido”, referindo-se a São Camilo de Lelis, que deixou a vida mundana para seguir os caminhos e os valores do Evangelho, enfatizando três pontos, como a conversão de São Camilo: 1. passagem do eu para o tu (e para o nós); 2. ser Camiliano é ser vocacionado para o cuidado; 3. a necessidade de pensarmos a espiritualidade Camiliana como “cultura do cuidado”.

A programação também contou com a apresentação de projetos e ações implementados nos Hospitais Camilianos sobre a consciência ambiental a respeito do uso dos bens de consumo e a gestão de resíduos, além da exibição do documentário O Lixo Extraordinário, do artista plástico Vicky Muniz, e as visitas ao Hospital e Maternidade Madalena Nunes – São Camilo Tianguá, e à cidade vizinha de Viçosa do Ceará, onde estiveram na Casa dos Licores e na Igr eja do Céu, ponto mais alto daquele Município.

Para o Pe. Gildésio Batista, o evento aprofundou a consciência do que já foi proposto na encíclica do Papa Francisco. Ele lembra que “os Camilianos estão inseridos nesse contexto de cuidar das pessoas” e considera que “o trabalho religioso e das pastorais da saúde serão valorizados ainda mais, na medida em que buscam despertar a atenção da sociedade para a crise ambiental e econômica pela qual estamos passando, pois a ‘casa comum’ necessita de mais cuidado”.

O superior provincial, Pe. Mateus Locatelli, enfatizou que “o Papa Francisco vem nos chamando à reflexão de que o cuidado vai além dos irmãos, mas abrange toda a criação. O movimento Laudato Si tem crescido no mundo pensando o cuidado da ‘casa comum’ numa perspectiva global e holística”. Ele reforçou que, “como Camilianos, abraçamos este ideal e reconhecemos neste projeto também a nossa vocação”.

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